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A-suco-ar

Eu já falei antes aqui sobre sucos, da dificuldade em se diferenciar o néctar do suco tropical do suco natural, do refresco.
Em tempos de industrialização, informações muito básicas ficam distantes dos consumidores. Há muito tempo, quando eu ainda era adolescente, eu não tinha muita distinção sobre o que era cada suco. Achava que o Ki-Suco era artificial, mas que o Tang era natural (o que nunca foi). Depois veio a informação que os sucos concentrados em garrafas, estes sim são naturais. Serão mesmo? Com uma recente lei de 2009, os sucos em caixas ganharam uma complicada padronização, já que além das diferenciações acima, cada fruta possui uma particularidade no que se refere ao “quanto de água” se acrescenta, por conta de cada sabor e concentração peculiares.
O grande vilão, no entanto, é o açúcar, sempre em exagero. Ainda não entendo porque os sucos no Brasil ou são com adoçante ou com açúcar? Seria o nosso consumidor tão preguiçoso assim?
Enquanto algumas marcas colocam 10 colheres (cheias) de sopa de açúcar por litro de suco, outras burlam a lei e não colocam a palavra ‘adoçado’ na embalagem. Vários corantes e conservantes nocivos ao desenvolvimento de crianças ainda são utilizados e nem sempre marcados nos rótulos.
No geral, um suco comercializado em caixinhas ou garrafinhas ‘mata’ a maior parte dos nutrientes e fibras presentes no suco da fruta e nem de longe podem substituir um suco feito na hora. Os sucos em polpa, apesar de também perderem um tanto em vitaminas, conservam mais um tanto de nutrientes. Apesar de muitos também já virem adoçados, é possível obter versões bem concentradas e sem açúcar.
Sempre que houver a opção, um suco natural feito da própria fruta é imbatível e faz a diferença no organismo e na saúde.
Agora.. se os sucos vendidos por aí já podem não ser muito bons ou por vezes ruins, preciso falar algo sobre refrigerantes?…

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Tem coisas que escrevo aqui que soam como teoria da conspiração, mas eu tento ao menos sempre fornecer dados das fontes (e confesso que por vezes, ainda assim é difícil de acreditar).

Desta vez falarei sobre refrigerantes, aqueles consumidos por 10 entre 10 pessoas no Brasil. Um recente teste realizado pela Associação PRO TESTE mostrou que uma boa parcela de refrigerantes possui uma quantidade de benzeno, substância sabidamente potencializadora de alguns tipos de câncer (conforme tabela abaixo)

Para quem sentiu a falta do Guaraná Antarctica, os dados não foram publicados devido a uma liminar que impediu esta divulgação. Eu acho que quem não deve, não teme, não é?

Além do benzeno, chama a atenção o fato de no Brasil ainda ser permitido o uso de determinados corantes que já foram banidos de outros importantes mercados, como a Europa. É o caso do amarelo-tartrazina e do amarelo-crepúsculo, associados à alergia e hiperatividade em crianças, respectivamente.

Como já citei diversas vezes, sempre prevalece o poder dos grandes conglomerados de alimentos sobre a política. Assim, conseguem que ingredientes mais baratos, mas de qualidade duvidosa ao nosso organismo façam parte de suas fórmulas. O Brasil ainda faz uso da extremamente nociva Gordura Trans, de alimentos de origem transgênica, de corantes, acidulantes, espessantes, conservantes, flavorizantes (um bando de ‘antes’) que em nada contribuem nutricionalmente para nossa saúde. As quantidades de agrotóxicos permitidos nos alimentos são elevadas praticamente sem nenhum conhecimento da população, e as embalagens dificilmente mostram os valores corretos do que existe lá dentro, ou mesmo ocultam perigos graves como o benzeno.

Precisamos levar a sério aquilo que colocamos dentro do nosso organismo e boicotar tudo aquilo que de alguma forma possa fazer mal. O caminho, infelizmente, ainda tropeça naquilo que nos é escondido, mas em oportunidades como esta, fiquemos de olhos abertos.

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Comida S/A

food-incEmbora uma data como a de hoje do “Dia mundial da alimentação” deva passar em branco pra grande maioria das pessoas, eu recomendo que você gaste um tempinho lendo isso.

Assisti ontem um documentário chamado Food, Inc., do diretor Robert Kenner e co-produzido por Eric Schlosser (de Nação Fast Food).

A proposta do documentário vai na linha do que costumo defender por aqui, e começa com uma pergunta: “O
quanto realmente sabemos sobre a comida que compramos nos supermercados e servimos às nossas famílias?”
Com uma intrigante afirmação de que a forma como nos alimentamos mudou mais nos últimos 50 anos que nos anteriores 10.000, o filme mostra como a imagem ‘natural’ que os rótulos pregam escondem por trás uma grande cadeia industrial de linha de produção que busca o superbarateamento dos produtos em detrimento da saúde das pessoas (ao ponto de um hambúrguer custar menos que um brócolis). Estações não existem mais, e todo dia é época de todas as frutas e verduras. De fato, ‘esta indústria não quer que você saiba a verdade sobre o que você está comendo, porque se você soubesse, não iria querer comer mais.’

A forma como os animais são cultivados, alimentados e processados para chegar em embalagens bonitinhas ultrapassa a crueldade com os próprios animais, com os trabalhadores desta área e principalmente com nossa própria saúde. Mais triste ainda é saber que algumas poucas empresas controlam a forma como estas coisas ocorrem e ditam regras aos agricultores e criadores.

Eu quase publiquei aqui uma matéria sobre Michele Obama e seu exemplo de agricultura orgânica na Casa Branca. Fiquei meio chocado ao ver depois uma matéria com uma carta de uma tal de uma associação MACA (leia-se Monsanto, Dow, DuPont e outras gigantes do transgênicos), meio que demarcando território da dita agricultura convencional versus a orgânica.
É evidente que a discussão pode ir muito além se entrarmos em outros produtos químicos utilizados nos alimentos (corantes, adoçantes sintéticos), no açúcar, sódio, gorduras trans, sal, tudo numa quantidade absolutamente desequilibrada para nosso organismo.

Vamos diminuir a quantidade de produtos industrializados e buscar algo mais orgânico, nem que seja um mínimo? Precisamos cobrar cada vez mais de políticos que as empresas rotulem tudo o que contém dentro de uma embalagem, para termos o poder de evitar aquilo que não faz bem.

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Será que algum deles é requeijão mesmo? Pior que usam "original" e "tradicional" pra confundir um pouco mais.

Será que algum deles é requeijão mesmo? Pior que usam "original" e "tradicional" pra confundir um pouco mais.

Não é de hoje que os requeijões mudam, se transformam, aparecem, desaparecem, reaparecem e se relançam. Tanto movimento tem a ver com a lambança nas fórmulas e no que as marcas são obrigadas a rotular.
Hoje em dia, a grande maioria do que pensamos ser requeijão, simplesmente não é. A base do requeijão é o leite, conforme a definição da ANVISA. Esta página ainda mostra uma série de outras informações interessantes a respeito.

As tais “especialidades lácteas”, “cremosos” e outros nomes disfarçados de requeijão utilizam em geral a gordura vegetal e amido na sua base, e infelizmente prevalecem nas prateleiras dos supermercados. Muitas marcas estão usando colocando em letras miúdas a presença do amido. É muito fácil entender o porquê: é muito mais barato um produto com amido e gordura vegetal e rende milhares e milhares de reais nas unidades que são vendidas em massa em supermercados (claro, camuflados nas gôndolas com os poucos requeijões que ainda devem haver).
O Ministério da Agricultura foi pressionado pelas indústrias para que pudesse ser usado o termo “Requeijão com amido”, e lamentavelmente este possui grande quantidade da nociva gordura trans, segundo o comentário de Marcelo Leitão, técnico em leite e derivados, nesta página. Ou seja, o produto fica mais barato pra vender mais e dane-se a nossa saúde.

Pra piorar um pouco a situação, atualmente se vê nas gôndolas 3 diferentes tamanhos de porção: 200g, 220g e 250g. Estabelecer o melhor custo benefício entre qual foi feito a partir do leite e ainda tem o menor preço por grama é uma tarefa bem improvável.

Então se o que você quer é requeijão de verdade, com leite e sem gorduras trans, olho no rótulo e evite todos que possuem amido e gordura vegetal nos ingredientes.

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Esta pérola já está completando 10 anos, mas sempre é bom saber como são as coisas.

A Monsanto, empresa líder mundial no desenvolvimento de sementes geneticamente modificadas (que surpreendentemente funcionam exatamente com o pesticida que eles mesmos fabricam e que é extremamente prejudicial à saúde humana), em uma de suas cantinas na sede em High Wycombe, Inglaterra, recomendou o consumo de comida sem modificação genética, em detrimento da que eles mesmos geram.

Aqui, o texto em uma tradução livre minha:

“Em resposta às solicitações de nossos clientes… decidimos remover, o quanto antes, soja e milho geneticamente modificados de todos os produtos alimentícios servidos em nosso restaurante… Tomamos esta medida para assegurar que você, nosso cliente, sinta-se seguro com a comida que servimos.”

Este link acerca da alimentação da família Obama, Twittado pelo grande Escriba, dá uma luz no fim do túnel. No texto, escancara-se que ‘na última década tivemos um crescimento expressivo de problemas decorrentes das mudanças alimentares, como alergias, diabetes, autismo, infertilidade, disnfunções gastro-intestinais e problemas de aprendizado. A mais perigosa transformação, de todas as mudanças que houveram na comida, foi a introdução de sementes geneticamente modificadas.’

‘Se a equipe de Obama é séria quanto à segurança alimentar e à saúde pública, eles devem retirar os alimentos transgênicos de nossos pratos e colocá-los de volta aos laboratórios.’

Ambos os links estão em inglês, prometo traduzir um pouco mais na próxima vez.

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Créditos: Juliany 'txê' Siqueira

Créditos: Juliany 'txê' Siqueira

Existem pequenas coisas do dia a dia que acabam passando despercebidas, pois entram no automático. Hoje em dia, vários lugares oferecem canudos de plástico embalados individualmente como forma de termos a segurança de não estar botando a boca num canudo usado e portanto cheio de bactérias.

Pois sigam então meu conselho? Na hipótese de irem a um lugar que não oferece a embalagem individual, um teste simples de colocar o canudo contra a luz e olhar por dentro dele para checar ao menos visualmente o estado pode te poupar de problemas mais sérios. Geralmente canudos usados possuem crostas secas de refrigerante ou sucos por dentro, que devem carregar uma porção de pequenos seres indesejados.

Na foto, o canudo do local onde eu COSTUMAVA almoçar muitas vezes por semana, em frente ao colégio onde trabalho. Pelo visto eu continuo sendo aquele cliente que não volta mais do box cinza deste outro post. E já gerei a indignação te tantos outros clientes.

Será que é o tipo de economia que compensa?

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dsc01180A bola da vez é o Atum Gomes da Costa em pedaços ao natural. Eu acredito que tenha havido um erro de rotulagem ou no lote, pois já consumi o produto outras vezes e imagino que minha conhecida dispersão não tenha feito eu jamais notar. Fato é que o produto que veio é o ralado, há milhas de distância do desenho da embalagem, com suculentos pedaços de atum cortadinhos e empilhadinhos, quase que à mão de tão organizados. É claro dizer que o atum ralado contém menos atum que o em pedaços (eventualmente partes menos nobres), o preço jamais deixa mentir. Aguardo resposta do SAC e atualizo em caso de resposta.

dolphinsafelogoPra quem se preocupa com as questões ambientais, o Atum é um peixe em franca extinção e sua pesca tem sido muitas vezes alvo de controvérsias entre produtores e ambientalistas. Minha assessora de assuntos marinhos Lelê garante que os atuns em lata podem ser consumidos por serem espécies não ameaçadas. Importante que como os atuns muitas vezes se associam a golfinhos, foi criado um selo “dolphin safe” para garantir que o processo de pesca do atum não envolva golfinhos.  E nesta página podemos ver que Gomes da Costa está listada como marca aprovada. Devemos, entretanto, tomar cuidado para não consumir atum em pratos como sushi e sashimi, já que nestes casos são justamente as espécies com sério risco de extinção. No ritmo atual de pesca, em cerca de 40 anos o atum será apenas uma ilustração em livros.

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Forrest e Bubba ficariam desapontados...

Forrest e Bubba ficariam desapontados...

Às vezes a ignorância pode deixar a gente menos frustrado, mas o propósito deste blog é justamente trazer à tona aquilo que se pratica de errado por aí.

Quem me conhece, sabe que sou um semi-vegetariano: não consumo carnes de bovinos, aves e suínos. Por uma questão de saúde e também ecológica. Vou guardar confabulações destes motivos para outros posts, estou sempre falando de algo relacionado a isso por aqui. Voltando: sendo eu desta forma, eu “desconto” meu consumo de carnes em peixes e frutos do mar. Mesmo sabendo que de alguma forma desconhecida isso poderia ferir algum mesmo princípio que eu tenha com as demais carnes, talvez eu não tenha mesmo é a vocação de deixar de comer estas carnes.

Só que minha ignorância quanto ao meu voraz apetite por camarões acaba de desmoronar. A Lelê, amicíssima minha do Greenpeace esteve aqui em Fortaleza fazendo preparativos ao Open Boat que acontecerá nos dias 7 e 8 de fevereiro, e ela me contou sobre seu trabalho junto a restaurantes e supermercados locais e sobre carcinicultura, que é a prática do “cultivo” de camarões em detrimento da pesca dos mesmos. Eu já sabia desta prática, só não sabia que era tão generalizada a um ponto onde os próprios pescadores já nem pescam mais o camarão: compensa economicamente para eles serem atravessadores entre os carcinicultores e a população. Até aí, também achei que poderia conviver com a idéia de que o camarão que como não veio do mar, ainda que com um certo contragosto.

Mas isso porque eu nunca soube o impacto que a carcinicultura tem sobre as regiões de mangue. Este impacto não é pequeno, dado o crescimento exponencial que houve nos últimos 5 anos, de modo praticamente impossível de se garantir a sustentabilidade desta atividade. A esmagadora maior parte da produção tem o mercado internacional como destino.
Do que pesquisei e do que ouvi da Leandra, descobri que o “vazamento” de uma espécie que não é nativa daquele mangue pode desequilibrar o ecossistema local; que a retirada da vegetação de forma agressiva não permite sua regeneração posterior; que os viveiros contaminam as águas com fungicidas; acima de tudo, que impacta as famílias que sobrevivem dos recursos do mangue e dele tiram seu sustento. Ao menos aqui no Ceará, os índices de empresas que causou impactos aos manguezais supera os 84%, fora outros índices não menos vergonhosos.

Não vou deixar de comer camarão por isso, mas é uma pena de saber como as coisas acontecem. É aquela sensação em primeiro lugar de estar sendo enganado, já que é consenso achar que os camarões dos pescadores são efetivamente pescados no mar.
Gostaria de debater o tema com quem souber mais sobre isso ou que simplesmente queira botar alguma idéia em prática. O conhecimento é nossa maior segurança e também a melhor forma de podermos reivindicar aquilo que acreditamos e queremos. Principalmente aos amantes de camarão como eu.

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Vivemos numa época onde ocorre uma guerra muitas vezes (felizmente nem sempre) silenciosa de comunicação. Que cada lado queira defender seus próprios interesses, não é novidade alguma, acho inevitável pensar que a vida é de certa forma assim, nós mesmos fazemos isto. O que machuca é o caráter que existe por trás, o lastro de valores com que se tenta impor uma idéia. E num mundo onde as pessoas têm dificuldade em acreditar o que é certo ou errado, é um perigoso prato cheio para alguns.


Eu me deparei com um artigo no site Planeta Sustentável, do grupo Abril/UOL, com o título “O desafio de alimentar 6 bilhões de pessoas”. O artigo começa bem, falando de crescimento populacional, de mercado mundial de agronegócio, de equilíbrio entre oferta e demanda e até um pouco de geopolítica. Na quarta e última página, entretanto, a menção ao papel dos alimentos geneticamente modificados (transgênicos) não é nada inocente. Fala em “ganhos de produtividade e redução de custos”, algo muito distante da realidade e muito mais próximo (se falasse sobre) do aumento de lucro e redução de despesas… das empresas fabricantes destes produtos (Monsanto, Syngenta, Bayer, etc.). Se você não conhece muito sobre o assunto, eu sugiro a leitura desta FAQ.

Os alimentos transgênicos têm sido vendidos por aí como a grande solução para a fome do mundo. Qual seria a mágica para isso? Por acaso estas empresas vão fazer farta distribuição de alimentos para os famintos na África? Porque, até agora, o que se vê é o crescimento do uso de substâncias tóxicas (claro, em venda casada com a semente da própria empresa que produz), contaminação de plantações não-transgênicas, uso da população como cobaia dos efeitos destes alimentos para a saúde e uma inexplicável conivência de políticos ligados ao agronegócio (que no Brasil, deram um cheque em branco para a CTNBio aprovar o que quiser nesta área).
Curioso foi ver só no dia seguinte que um dos patrocinadores do Planeta “Sustentável” é a empresa Bunge. Logo ela, que usa soja transgênica em suas marcas de óleo (Soya é a mais conhecida) e que foi a primeira a perder a queda-de-braço com a justiça para ter que seguir a lei brasileira que obriga as empresas a rotularem seus produtos com a identificação de que contém transgênicos. (traduzindo: esforçou-se para esconder a verdade do consumidor. Você vai continuar comprando produtos de uma empresa assim? Eu não.)

Existe uma farta leitura nos relatórios e documentos na área de transgênicos no site do Greenpeace Brasil, muitos deles justificando a razão de muitos países da Europa de terem proibiso o seu cultivo e dos perigos de substâncias tóxicas como o glifosato (usado comumente nos agrotóxicos já citados). Recomendo também a leitura deste boletim da campanha Por um Brasil Livre de Transgênicos.

Acho importante levantar uma certa poeira sobre este assunto, já que é algo ao mesmo tempo distante dos olhos da população, mas tão comum em suas bocas.

Obs: O título deste post foi emprestado da campanha de transgênicos do Greenpeace Brasil. Este mesmo artigo encontra-se no Engenharia Ambiental.

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Tirinha do site Os Malvados, de André Dahmer.

Parece um repeteco… no final do governo do Bush pai, os Estados Unidos mergulharam numa situação que mostrava bem o desgoverno em que o país estava se afundando (tanto que ele nem reeleito foi…). Agora novamente, após 8 tenebrosos anos do que já se considera o “pior presidente americano da história” aqui aparece a “crise econômica americana”.
O mundo todo assiste pasmo a uma tentativa de voltar a colocar a economia (mundial mesmo) nos eixos. Fala-se num pacote de 700 bilhões de dólares. Só para comparação, a Guerra do Iraque, estima-se, consumiu um valor que varia de 1 até 3 trilhões de dólares.

O mundo capitalista está tomando um rumo que deixa muito claro que não há limites: especulação financeira extrema, consumo excessivo, crescimento sempre como necessidade máxima (em palavras leigas, não basta o lucro, este tem que ser sempre maior no mês seguinte).

E o planeta, como fica? Ora, o planeta é a grande fonte inesgotável que patrocina este crescimento. Ele pode estar aí com suas florestas devastadas, com o aquecimento global praticamente derretendo o ártico todinho, com a água se escasseando pra quase 1/4 da população mundial, com linhas de produção de animais para consumo (e vegetais pra alimentar estes animais) totalmente desestruturadas, mas enquanto houver prosperidade, está tudo certo. Nem que se invista trilhões de dólares com guerra pelos seus recursos (ah, sim, aqueles mesmos que causam o aquecimento global: o petróleo) e outras centenas de bilhões para…. salvar os bancos americanos. Alguém parou pra pensar o que daria pra fazer com este dinheiro todo no mundo de uma forma mais inteligente, ou talvez menos egoísta? Daria pra acabar com a fome no mundo… daria pra se resolver o problema energético com sustentabilidade, daria pra oferecer alimentação de qualidade a todos e mesmo acabar com o problema da água potável. Trilhões de dólares acabariam com tudo o que gera o aquecimento global, e o planeta poderia voltar a agir por sí próprio.

Ao invés disso, este dinheiro todo circula num mundo paralelo, que se reunisse apenas os envolvidos: donos de empresas de petróleo, presidentes de bancos e companhias de seguro, presidentes de algumas nações, indústria bélica e alguns mais que eu devo nem ter levado em conta, mas que fazem parte, daria pra juntar essa galera toda numa… sala de reunião. É isso versus mais de 6 bilhões de habitantes no planeta que pagam caro pra financiar este pessoal.

Este post foi uma opinião pessoal e tanto… qual a de vocês?

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